Do instante em que vos vi, minha Senhora,
fiquei cativo à vossa formosura,
e nas entranhas dessa noite escura
que é a minha vida - amanheceu a aurora!
Piedade! pois minha alma vos adora
prisioneira em dulcíssima loucura,
e amor eterno nestes versos jura
com essa ternura que em meu peito chora!
Não vos ofenda, pois, o meu carinho,
que os vossos claros olhos, possa tê-los
como luz a guiar o meu caminho...
Foi minha doce predição mirá-los
pois se a amá-los cheguei, tão-só por vê-los
certo, Senhora, hei de morrer, de amá-los!
(J. G. de Araújo Jorge)
quarta-feira, 23 de julho de 2008
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